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O Blog da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras

As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

O Blog da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras

As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

DOR CRÓNICA NO IDOSO

“Toda a gente é capaz de dominar a dor, excepto quem a sente!” (William Shakespeare)

 

A dor é uma experiencia sensitiva e emocional complexa. É aos doentes que compete estabelecer a gravidade da dor, não aos que lhe prestam cuidados. Segundo a International Assosciation for the Study of Pain (IASP), a dor é definida como uma “experiencia sensorial e emocional desagradável, relacionada com uma lesão real ou potencial dos tecidos”.

 

Considera-se dor crónica quando de forma continua ou recorrente, existe há 3 meses ou mais, ou quando persiste para além do curso normal de uma doença aguda ou da cura da lesão que lhe deu origem. 

 

A dor crónica é um sintoma comum das pessoas idosas, afetando cerca de 80% daqueles que residem em lares, tendo um forte impacto na sua qualidade de vida, pelo que o seu controlo é um objetivo prioritário. É geralmente multifatorial, de intensidade moderada a intensa e com duração de vários anos. Relaciona-se com doenças de incidência elevada como a osteoartrose, cancro, pós acidente vascular cerebral, neuropatia periférica da diabetes, enxaquecas, fibromialgia, traumatismo.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que “a dor pode matar” e por isso atribuiu-lhe a importância de “sinal vital”, uma vez que tem relevantes consequências físicas, psicológicas e sociais, provocando depressão, diminuição da locialização e da capacidade funcional, alterações do sono e da marcha. 

 

Uma avaliação e controlo rigorosos da dor pelos profissionais de saúde torna-se ainda mais importante quando nos referimos a pessoas idosas que apresentam geralmente dificuldades de comunicação e em que a dor é encarada como algo sem sentido, inevitável e que nunca acaba.

 

Além disso, os idosos que têm dor crónica, nem sempre parecem estar a sofrer, podem estar apenas deprimidos ou referir desconforto. Para tal, sendo o controlo da dor um direito das pessoas, obriga a que sejam tomadas medidas que promovam e garantam o acesso a cuidados de saúde de qualidade, de acordo com as necessidades dos doentes idosos, protegendo-os do sofrimento desnecessário resultante da dor.

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 Escrito por: Margarida Duarte

 

Actividades do Atelier “Conversas com a Dietista”

No mês de Julho o tema do Atelier “Conversas com a Dietista” foi “O Chocolate”, onde foram apresentadas curiosidades, variedades e propriedades nutricionais do chocolate, finalizando o tema com a realização pelos nossos residentes de bolo de chocolate na caneca, que se deliciaram tanto com a descoberta do método utilizado como com o resultado final! 

 

 

Durante o mês de Agosto o tema abordado foi “A fruta” sendo dado a conhecer a quantidade de água e de açúcar presente nas diferentes frutas, tema que bastante interessou aos nossos idosos. Mais agradados ficaram ainda na última sessão do mês com a preparação de um batido de manga, experiência que referiram querer voltar a repetir. 

 

 

Escrito por: Dietista Vânia Portela

Incontinência Urinária nos Idosos

 

A incontinência urinária é um problema de saúde muito frequente. Em estudos recentes verificou-se que 64% das mulheres post menopausa, com mais de 50 anos, tinham tido sintomas de incontinência urinária no ano anterior e que 17% dos homens com mais de 60 anos apresentavam queixas.

 

A causa de incontinência é em geral multifactorial nas pessoas idosas e muitas vezes é necessária uma abordagem multidirecional.

 

A passagem correcta da urina, depende não só do correcto funcionamento da bexiga e do esfíncter, mas também de factores cognitivos, da mobilidade, da destreza e ambientais.

 

A demência é uma causa importante de incontinência, atinge cerca de 80% das pessoas dementes, institucionalizadas.

 

Chegar á casa de banho exige dispor de mobilidade adequada. Para desapertar os botões e tirar a roupa, torna-se complicado, uma vez que a idade avança, vai-se perdendo destreza manual.

 

Também pode ser necessário vencer alguns obstáculos, como escadas.

 

Com o avanço da idade são mais frequentes as micções nocturnas, o que obriga os idosos a levantarem-se 2/3 vezes por noite.

 

A incontinência provoca irritação de pele e agrava as escaras de decúbito acarretando também custos elevados pelo uso de fraldas e ou pensos, complicações de ordem psíquica e pode por si só constituir motivo para a institucionalização.

 

Escrito por: Dr.ª Conceição João


O que uma ementa não diz…

 

Quando se olha para uma ementa destinada a idosos certamente que o primeiro pensamento que lhe ocorre é “são só cozidos e grelhados e, sem sal!”, ou acha que assim deveria ser.

 

É certo que os idosos têm mais problemas de saúde, como diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, entre outros, que exigem alguns cuidados alimentares, no entanto, a dieta destes indivíduos não pode nem deve ser restringida a grelhados e cozidos insonsos!

 

Isto porque, quer queiramos ou não, a institucionalização constitui uma mudança na rotina diária destes indivíduos que pode diminuir o apetite interferindo negativamente no estado nutricional e, consequentemente, fragilizar a saúde destes indivíduos. Para reverter esta situação é necessário fornecer refeições equilibradas nutricionalmente, saborosas e apelativas, sem esquecer as preferências alimentares dos utentes.

 

São estes itens que se tem em conta no planeamento das ementas no Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, uma tarefa que não cabe só à dietista mas também à animadora-sóciocultural.

 

A animadora faz semanalmente um levantamento de sugestões de sopas e 2ºs pratos junto dos residentes que posteriormente entrega á dietista. Se olharmos para os pedidos feitos pelos residentes, vemos muitas vezes as feijoadas, os cozidos à portuguesa, as caldeiradas, as jardineiras, etc… E porque não incluí-los?

 

Estes pratos podem ser perfeitamente saudáveis e por isso ser incluídos nas ementas sem esquecer as regras de uma alimentação saudável, desde que sejam confeccionados de forma correcta (por ex. utilizar o estufado em vez do guisado) e respeitando as capitações adequadas para o tipo de públicoalvo (por ex. utilizar outros condimentos como polpa de tomate, vinho etc, em detrimento das gorduras).

 

Assim, quando olhar para uma ementa do Lar de Nossa Senhora da Misericórdia lembre-se que por detrás de um prato pode estar a sugestão de um familiar seu, que foi trabalhado de forma a satisfazê-lo mas de forma saudável.

 

Escrito pela Dietista Vânia Portela

A doença de Alzheimer

 

A doença de Alzheimer, é uma doença neuro-degenerativa incurável, que provoca o declínio das funções intelectuais, reduz as capacidades de trabalho e relações sociais, interferindo no comportamento e personalidade. É a principal causa de demência e atinge 1% dos idosos com idades entre os 65 e 70 anos, mas a sua prevalência aumenta exponencialmente com o aumentar dos anos, verificando-se 6% de idosos com alzheimer aos 70 anos, 30% aos 80 anos e mais de 60% após os 90 anos.

 

Cada doente sofre da doença de uma forma única, mas existem pontos comuns sendo o sintoma primário mais comum a perda de memória. Esta é muitas vezes confundida com os problemas de envelhecimento ou de stresse. Inicialmente o doente começa a perder a sua memória mais recente, podendo lembrar-se com precisão de acontecimentos de anos atrás e ter dificuldade em lembrar-se que fez, por exemplo, uma refeição.

 

Com o avançar da doença surgem sintomas como confusão mental, irritabilidade, agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem e perda de memória a longo prazo. Este tipo de sintomas causa grande impacto no quotidiano do idoso e afeta as capacidades de aprendizagem, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa vai ficando, deste modo, cada vez mais dependente da ajuda dos outros, mesmo em tarefas básicas do dia-a-dia como a higiene pessoal e alimentação.

 

Apesar de ser uma doença incurável existe tratamento que visa minimizar os sintomas, proteger o sistema nervoso e retardar o máximo possível a evolução da doença. Existem já no mercado medicamentos eficazes neste sentido.

 

Escrito por: Enfermeira Cátia

SER FELIZ - Porque SIM

PORQUE Sim !

(pelo Dr.Luciano/psiquiatra)

SER FELIZ

  1. 1.    Que a FELICIDADE não se compra nas farmácias, já nós sabíamos, obrigadinho!

Mas, o que é certo, é que todos nós andamos desesperados à sua procura e é nessa busca que encontramos força para a nossa caminhada.

A propósito, para o Mahatma Gandhi

 

 não existe um caminho para a FELICIDADE. A FELICIDADE é o caminho

 

e o nosso Fernando Pessoa apressa-se a recomendar

 

“Não se acostume com o que não o faz feliz…

Alague seu coração de esperanças

Mas não deixe que se afogue nelas

Se estiver tudo errado, comece novamente

Se estiver tudo certo, continue

Se perder um amor, não se perca

Se o achar, segure-o”

 

 António Aleixo ajuda com um sábio conselho

 

“…para teres dias felizes

Não digas tudo o que pensas

Mas pensa tudo o que dizes”

 

Para Carlos Drumond de Andrade, poeta brasileiro, a FELICIDADE pode “acontecer”

 

“Ser feliz sem motivo é a mais autentica forma de FELICIDADE”

 

Já para o nosso Fernando Pessoa implica “esforço”

 

“a FELICIDADE exige valentia !

não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões…é atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da Vida. Ser Feliz é não ter mêdo dos próprios sentimentos…é ter coragem para ouvir um não.

Pedras no caminho ? Guardo todas ! Um dia vou construir um castelo !”

 

  1. 2.    Termos momentos de felicidade é a prova de que temos a capacidade de ser felizes .

 

“Quantas vezes procuramos a felicidade

E tal como o avozinho infeliz

Em vão por toda a parte procura os óculos

Tendo-os na ponta do nariz”

 

Para mim, FELICIDADE tem a ver com paz de espírito, mas não se esgota nela.

Mas que ninguém me peça conselhos. Aí Freud é peremptório

 

“A FELICIDADE é um assunto individual. Aqui nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar por  si”

 

  1. 3.    A FELICIDADE tem a ver com emoções positivas como a alegria, o riso, o optimismo e o belo. Sente-se quando mora em nós, mas é difícil de  definir, por ser um pouco misteriosa e  contraditória. Até se chora quando se está feliz, do mesmo modo que a tristeza até pode ser bela. Atente-se no nosso poeta António Nobre que no seu livro “SÓ” avisa

 

“ cautela, não lhe faça mal

Que este é o livro mais triste

Que existe em Portugal”

 

e no entanto, embora triste é um belo livro de poesia.

 

  1. 4.    O escritor russo Leão Tolstoi lembra-nos que

 

“FELICIDADE verdadeira é a alegria de fazer o bem”

 

e o poeta popular algarvio António Aleixo deixa-nos estes versos

“quando te vês mal e dizes

que preferias a morte

pensa que outros menos felizes

invejam a tua sorte”

 

  1. 5.    Falámos de FELICIDADE, de recordações, lágrimas e risos, enfim emoções, o que nos traz à memória o cantor brasileiro Roberto Carlos

 

Se chorei ou se senti

O importante é que emoções eu vivi

 

que constituiem os condimentos da VIDA.

 

  1. 6.    O poeta brasileiro Carlos Drumond Andrade aborda a questão da FELICIDADE NA VELHICE com uma transbordante ternura quando diz

 

“há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a FELICIDADE está numa caixa de bombons”

 

e quando o nosso poeta Vasco de Lima Couto escreve

 

“preciso de espaço para ser feliz”

 

remete-nos para a questão onde estamos e com quem partilhamos a FELICIDADE possível

Um Lar é, no fim de contas uma grande família, uma sua estrutura comunitária, um espaço em que interagimos com os outros, em que partilhamos sentimentos e emoções.

Recentemente os Lares passaram a ser denominados ESTRUTURAS RESIDENCIAIS PARA PESSOAS IDOSAS.

Se a passagem de Asilo a Lar correspondeu a uma grande modificação na filosofia e prática assistencial destas instituições, confiemos na bondade do legislador no sentido de que a mudança de nome seja mais do que isso e venha a possibilitar uma melhoria do seu funcionamento.

 As Instituições são organismos vivos e também têm direito à FELICIDADE.

…e, como dizia o Raul Solnado, “FAÇAM FAVOR DE SEREM  FELIZES !!”

Torres Vedras, 15 de Abril de 2013

Luciano



Diabetes

Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue.

 

A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, cansaço e problemas físicos.

 

Quando o seu tratamento é descurado, podem acontecer complicações como insuficiência renal, Enfartes do Miocárdio, AVC, problemas na visão como cegueira, amputação do pé, entre outras.

 

Embora ainda não haja uma cura definitiva para a diabetes, existem vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.

 

 

Existem vários tipos de diabetes mas os mais importantes são os de Tipo I e Tipo II.

 

A diabetes Tipo I inicia-se normalmente na infância ou adolescência, e caracteriza-se por um défice de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes ou idiopáticos, sendo mais frequente em jovens e crianças.

 

Existe parca produção de insulina ou mesmo nenhuma. As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina.

Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, a alimentação e o exercício.

 

Na diabetes tipo II existe uma resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão.

 

Acontece frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade e idosos.

 

Vários fármacos e outras causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes. É muito frequente a diabetes tipo 2 associada ao uso prolongado de corticoides.

 

Sendo uma doença crónica, o seu tratamento deve ser baseado nalgumas permissas:

 

Consciencialização e educação do paciente; Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente; Vida activa e exercício fisico; Terapêutica (Antidiabéticos orais ou Insulina); Monitoração dos níveis de glicose.

 

Torna-se de extrema importância a educação do paciente, o acompanhamento de sua dieta, exercícios físicos, monitoração própria de seus níveis de glicose, com o objetivo de manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo.

 

Escrito por: Enfermeira Catarina Melo

 

Escaras

A doença pode surgir de uma forma inesperada ou não, com maior ou menor gravidade, acarretando de um modo geral, perda de independência e autonomia.

 

Quando o indivíduo é sujeito, a um período de imobilidade prolongado, apresenta grande probabilidade de sofrer alterações da integridade cutânea, desenvolvendo úlceras de pressão, também denominadas escaras, com consequências graves, não só a nível pessoal, mas também social. Estas traduzem-se por elevados custos financeiros, relacionados essencialmente com longos períodos de convalescença e de utilização de recursos e o mais importante – sofrimento humano.

 

O envelhecimento natural da pele, a imobilidade, e a astenia, são alguns dos fatores de risco, que contribuem para o aparecimento destas lesões (escaras).

 

O que é uma escara:

 

É uma ferida provocada pelo peso do corpo sobre a cama ou a cadeira, quando se fica muito tempo na mesma posição, ou pela fricção do lençol, razão pela qual deve de usar sempre lençóis de algodão na cama.

 

Os cuidados que visam reduzir ou eliminar a pressão sobre os tecidos, são uma das principais medidas preventivas. As úlceras de pressão ocorrem mais vulgarmente em zonas de grandes ossos ou proeminências ósseas, em que os vasos sanguíneos são comprimidos entre uma força externa rígida (a cama ou a cadeira) e uma força interna rígida (o osso), que conduz rapidamente à oclusão dos vasos sanguíneos subjacentes.

 

Os seguintes aspetos devem ser valorizados:

 

-          Mudanças de posição – Deve ser periódica, executada com intervalos regulares (Max. 3/3 Horas), a cada mudança de posição fazer uma massagem com creme hidratante nas zonas de proeminência óssea;

 

-          Posicionamento – Em que deverá existir o cuidado de deixar aliviadas todas as zonas mais proeminentes e consequentemente mais susceptíveis de maior pressão (calcaneos, trocanteres, região sagrada,...).

 

-          Higiene da pessoa/da cama – Que deverá ser cuidada, de modo a manter a pele seca, limpa e hidratada. A cama deve estar limpa, seca e sem rugas (Poderá dar nós nos cantos do lençol para o manter esticado), se necessário recorrer a cama articulada;

 

-          Alimentação/hidratação – A alimentação deve conter um maior aporte proteico, para facilitar a regeneração da pele. A ingestão de líquidos deve ser incentivada (Min - 1,5 litros por dia)

 

-          Utilização de material auxiliar – Almofadas, Pele de carneira, Calcanheiras de pele de carneira, colchões de pressão alterna.

 

-          Fazer o levante do utente sempre que possível


Escrito por: Enfermeiro Hélio Firmino

 

O Papel do Dietista numa Estrutura Residencial para Idosos

Num Estrutura Residencial para Idosos o Serviço de Alimentação constitui uma importância especial que se reflecte na saúde e qualidade de vida dos utentes.

 

O dietista/nutricionista é o profissional de saúde que reúne competências que podem contribuir para a melhoria da eficácia e qualidade dos serviços prestados neste sector, nomeadamente, nas áreas da Qualidade e Segurança Alimentar, Gestão de Serviços de Alimentação, Nutrição Clínica, Formação Profissional e Educação Alimentar.

 

No caso do Lar de Nossa Senhora da Misericórdia os principais objectivos a desenvolver pela Dietista no Serviço de Alimentação são os seguintes:

  • Planificação e acompanhamento de ementas adequadas do ponto de vista nutricional e energético, de forma a satisfazer as necessidadesde acordo com a faixa etária e estado de saúde, e tendo em conta as preferências dos utentes;
  • Assegurar que as refeições servidas são adequadas do ponto de vista nutricional e energético, de forma a satisfazer as necessidades dos utentes;
  • Adequar os planos de dietas aos diferentes estados de saúde;
  • Fomentar as boas práticas de fabrico e de higiene dos colaboradores, instalações, equipamentos e utensílios das áreas alimentares;
  • Garantir a higiene e segurança alimentar das refeições;
  • Detectar os idosos em risco nutricional através da aplicação de questionário para avaliação do estado nutricional;
  • Realizar aconselhamento dietético e nutricional com base na avaliação do estado nutricional realizado e/ou na presença de doença crónica com dietoterapia;
  • Promover hábitos alimentares saudáveis através de Sessões de Educação Alimentar no Atelier “ Conversas com a Dietista”.

 

Assim, no Lar de Nossa Senhora da Misericórdia são realizadas pela Dietista uma pluralidade de actividades sempre de forma a promover a saúde e qualidade de vida dos idosos institucionalizados.

 

Elaborado por: Dietista Vânia Portela

 

Obstipação nos Idosos

 

A obstipação ou “Prisão de Ventre” é uma queixa comum na população em geral, afecta mais as mulheres que os homens, mas tem uma maior incidência nas idades mais avançadas. Considera-se existir obstipação, quando o individuo tem menos de uma defecação em cada três dias. Podem existir várias causas para a obstipação, sendo um número muito significativo de causa idiopática.

 

As alterações dos intestinos associados à idade podem aumentar a probabilidade de desenvolver obstipação, pelo que se recomenda algumas medidas no combate à obstipação nos idosos, tais como: reduzir ao máximo o uso de laxantes e clisteres; os idosos pela redução da sensação de sede, devem ser estimulados a beber água (pelo menos 1,5 L por dia) ou outros líquidos, independentemente da sede; aumentar o conteúdo de fibra na dieta, adicionando farelo, frutas secas, vegetais, sumos, pão de mistura ou integral; fazer exercício físico, de acordo com as suas possibilidades, e o andar, são medidas importantes para o bom funcionamento intestinal. 

 

Dr.ª Maria da Conceição João