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O Blog da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras

As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

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Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

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O dia internacional para a erradicação da pobreza celebra-se a 17 de outubro. A data foi comemorada pela primeira vez em 1992, com o objetivo de alertar a população para a necessidade de defender um direito básico do ser humano.

A erradicação da pobreza e da fome é um dos oito objetivos de desenvolvimento do milénio, definidos no ano de 2000 por 193 países membros das Nações Unidas e várias organizações internacionais.

Pobreza em Portugal

Em Portugal, o número de pobres e de pessoas que passam fome tem vindo a aumentar, em resultado da crise. As instituições de apoio e caridade social têm registado um aumento significativo do número de pedidos de apoio por parte das famílias portuguesas.

Segundo dados revelados pela Rede Europeia Anti-Pobreza, 18% dos portugueses são pobres. De acordo com esta organização, o número europeu que serve de referência para definir a pobreza equivale a um vencimento mínimo mensal de 406 euros.

Pobreza no mundo

Dados revelados pelas UNESCO indicam que 842 milhões de pessoas continuaram a sofrer de fome crónica entre 2011 e 2013.

A pobreza está a diminuir a uma taxa sem precedentes. Em 1990, 43% da população mundial vivia em pobreza extrema, com menos de 1,25 dólares por dia. Este número reduziu para 21%, mas há ainda muito trabalho pela frente, especialmente no continente africano.

Cantinas Sociais

 

O objectivo das Cantinas Sociais é o de assegurar às famílias que mais necessitam, o acesso a refeições diárias, de modo a combater a fome.

As refeições serão confeccionadas em Instituições de Solidariedade Social e a família ou o beneficiário poderá, consoante a sua situação financeira, adquiri-la gratuitamente ou a um preço simbólico. Normalmente inclui uma sopa, pão, segundo prato e fruta.

Se conhecerem algum caso, não deixem de lhes dar informação sobre esta medida. Para salvaguardar a privacidade, as refeições são para consumo no domicílio. Não necessitam de estar a comer na própria Instituição.

As pessoas que poderão beneficiar destas refeições são as seguintes:
a) Situações já sob apoio social, desde que o apoio atribuído não seja no âmbito alimentar;
b) Situações recentes de desemprego múltiplo e com despesas fixas com filhos;
c) Famílias/indivíduos, com baixos salários e encargos habitacionais fixos;
d) Famílias/indivíduos, com doença crónica, baixo rendimento e encargos habitacionais fixos;
e) Famílias/indivíduos, com reformas/pensões ou outro tipo de subsídios sociais baixos;
f) Famílias monoparentais, com salários reduzidos, encargos habitacionais fixos e despesas fixas com filhos;
g) Situações de emergência temporária, tais como incêndio, despejo ou doença, entre outras.

Mas atenção, que não podem beneficiar as seguintes pessoas:
a) Utentes da instituição que já beneficiem de alimentação e/ou refeições, por via da frequência de qualquer outra resposta social em que se encontram inscritos;
b) Pessoas que já sejam apoiadas por qualquer outra via ao nível da alimentação (como por exemplo: banco alimentar, cantina social, distribuição directa de alimentos a sem-abrigo, entre outras). 

Para pedir este auxílio, podem dirigir-se directamente às Instituições de Solidariedade Social, à Segurança Social e às Autarquias.

Pobreza atinge 18% dos portugueses

 

18% dos portugueses não tem rendimentos suficientes para fazer face às suas necessidades básicas, e 24,4% vive em risco de pobreza ou de exclusão social. O retrato é de 2011, mas deverá agravar-se à medida que a crise de adensa, já admitiram especialistas nesta área. 

 

Os números mais recentes sobre a pobreza e a exclusão social não são novos, mas foram hoje relembrados pela Comissão Europeia, através de um comunicado. Lá se mostra que em Portugal havia 18% da população a viver abaixo do limiar estatístico da pobreza. Trata-se de um indicador que apenas leva em consideração o rendimento, e que abarca a população que vive abaixo de 60% do rendimento mediano no país. 

 
A pobreza agravou-se ligeiramente entre 2010 e 2011, em 0,1 pontos, estando os especialistas convencidos de que a situação social se tornará mais dramática. A crise, o desemprego, a descida de salários e também os cortes nas prestações sociais estão entre as causas para esta expectativa. 

Em 2011, Portugal era o terceiro país da zona euro com maior percentagem de pobres. Pior do que nós estão a Espanha (21,8%) e a Grécia (21,4%). 

 

Em risco de pobreza ou de exclusão social está 24,4% da população, acima da média da União Europeia (24,8%).

 

Fonte: Jornal de Negócios

Governo assina mais de 100 contratos para duplicar cantinas sociais

 

O Ministério da Solidariedade e Segurança Social vai assinar, esta semana, mais de 100 contratos com instituições sociais de várias zonas do país que irão permitir "mais do que duplicar" o número de cantinas sociais.

  

"Esta semana irão ser assinados mais de 100 contratos com instituições sociais para a criação de cantinas sociais", disse o ministro Pedro Mota Soares à margem da reunião da Comissão Nacional de Acompanhamento e Avaliação dos Protocolos e Acordos de Cooperação que analisa o acordo assinado em janeiro entre o Governo e as Instituições Particulares de Solidariedade Social, a União das Misericórdias Portuguesas e a União das Mutualidades Portuguesas.

 

Mota Soares adiantou que "é muito importante que esta resposta seja de âmbito nacional", abrangendo estes contratos distritos como Setúbal, Braga e outros do interior do país.

 

Lembrou que "Portugal tinha recursos de cerca de dois milhões de euros para as cantinas sociais, que vão passar a ser de cerca de 50 milhões de euros" com o objetivo de passar dos atuais 62 equipamentos para mais de 900.

 

O ministro explicou que esta medida, que faz parte do Programa de Emergência Social, não implica custos: "Não vamos gastar um cêntimo a construir mais equipamentos, vamos sim alocar muitos recursos" para garantir uma resposta a "quem tem dificuldades do ponto de vista alimentar".

 

Nesse sentido, vão ser utilizados as cozinhas, os equipamentos e as instalações das instituições para poder servir refeições a "muito mais pessoas", disse, explicando que, para o efeito, o Governo disponibilizou uma linha de crédito de 50 milhões de euros, que fazem parte dos 630 milhões de euros alocados ao PES.

 

Fonte : Jornal de Notícias

Governo pretende criar rede de 950 cantinas sociais em 2012

 

O ministro da Solidariedade e Segurança Social anunciou que pretende passar das actuais 62 cantinas sociais para uma rede nacional de 950, apostando na sua presença nas cidades, onde "estão mais presentes os novos fenómenos de pobreza".

 

Segundo Pedro Mota Soares, a rede actual de cantinas sociais não está adequada às realidades urbanas. "Será nessas áreas que iremos apostar fundamentalmente pois são nestas cidades que estão mais presentes os novos fenómenos de pobreza", afirmou o ministro na Comissão de Segurança Social e Trabalho. 


Para isso, o ministro disse contar "com a colaboração de quem sabe e está no terreno", nomeadamente a Confederação Nacional das Instituições Sociais, as mutualidades e as misericórdias.

 

Para alargar a resposta às famílias que atravessam "sérias dificuldades", o ministro adiantou que pretende ainda contratualizar com as instituições sociais a confecção e distribuição de refeições para consumo em espaço próprio, mas também em regime de take-away para consumo em casa. 

Prémio Manuel António da Mota - 2ª Edição

 

A União Europeia instituiu o ano de 2011 como Ano Europeu do Voluntariado sob o lema "Sê voluntário, faz a diferença".

 

O Ano Europeu do Voluntariado tem como objectivo principal incentivar e apoiar os esforços desenvolvidos pela comunidade europeia, pelos Estados-Membros e pelas autoridades locais e regionais tendo em vista criar condições na sociedade civil propícias ao voluntariado.

 

Permitindo ainda dotar as organizações de meios que promovam o voluntariado, promover o reconhecimento e a visibilidade do trabalho voluntário e sensibilizar as pessoas para o valor e a importância do Voluntariado.

 

Na Europa, 94 milhões de pessoas consagram os seus tempos livres a acções de voluntariado, trabalhando graciosa e desinteressadamente a favor das suas comunidades; 3 em cada 10 europeus fazem voluntariado e 8 em cada 10 acham importante fazê-lo.

 

Em Portugal, mais de 1 milhão de pessoas estão envolvidas em acções de voluntariado nos domínios da acção, reinserção e solidariedade sociais, saúde, educação, emprego e formação profissional, ciência e cultura, defesa do património, do ambiente e do consumidor, protecção civil, entre outras actividades de interesse social e comunitário.

 

O Ano Europeu do Voluntariado sucede ao Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social.

 

O "Prémio Manuel António da Mota", na sua 1ª edição, premiou em 2010 as Instituições Particulares de Solidariedade Social que se distinguiram no combate à pobreza e à exclusão social.

 

O "Prémio Manuel António da Mota", instituído pela Fundação Manuel António da Mota, irá agora premiar na sua 2ª edição as organizações promotoras de voluntariado que se distingam no desenvolvimento de actividades e projectos inseridas em programas de voluntariado de relevante interesse social e comunitário.

 

Concorra !

 

Faça a diferença !

 

Saiba mais em: http://premiomam.mota-engil.pt/

JUSTIÇA SOCIAL, ALICERCE DA ESTABILIDADE

 

Oitenta por cento das pessoas no mundo carecem de proteção social adequada e as desigualdades globais disparam. Hoje, 20 de fevereiro, é o Dia Mundial da Justiça Social. O mundo é convidado a uma nova era de justiça social que ofereça serviços básicos, empregos decentemente remunerados e garantias para os pobres, vulneráveis e marginalizados.

A mensagem divulgada para a data pelo Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abrange este ano o tema da ‘proteção social’, destacando especialmente a vulnerabilidade da mulher neste contexto. 

Ban cita as 18 políticas de proteção social inovadoras lançadas este ano pela OIL (Organização Internacional do Trabalho) e o PNUD (Programa das NNUU para o Desenvolvimento); e recorda que para obter os Objetivos do Milênio, é necessário reduzir as desigualdades e a exclusão social, o que se faz somente com sistemas de proteção social. 

“A justiça social é mais do que um imperativo ético, é um alicerce para a estabilidade nacional e a prosperidade global” - frisa. E neste sentido, Ban pede ao mundo ações firmes contra toda forma de discriminação religiosa, étnica e econômica. O Secretário-geral da ONU conclui: 

“A justiça social é fundamental para maximizar o potencial de crescimento com igualdade e minimizar o risco de desordem social. Juntos, devemos acolher este desafio e garantir que nosso trabalho pelo desenvolvimento sustentável assegure a justiça social para todos”.

 

Fonte: Rádio Vaticano

Solidariedade: Igreja pede maior atenção para os casos de «solidão»

 

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apelou aos católicos de todo o país para que procurem “oferecer à comunidade um tempo de gratuidade ao serviço dos outros”, como voluntários, particularmente junto das pessoas “sós”.

 

O apelo é deixado na nota pastoral sobre o Ano Europeu do Voluntariado, hoje divulgada, com o título «Voluntariado e nova Consciência Social».

 

O documento destaca a importância do voluntariado “na resposta a situações de pessoas sós que necessitam de visita e companhia, de ajuda em diversos serviços”.

 

Os bispos saúdam o “crescimento de uma nova consciência social, que está na base do voluntariado”.

 

“A atenção generosa e gratuita de muitos cidadãos ao bem do próximo revela uma cultura de solidariedade e abertura ao outro, capaz de indicar uma nova política nacional e internacional; a verdadeira concepção de vida solidária é chamada a superar os riscos de novas e velhas injustiças”, pode ler-se.

 

Neste contexto, a CEP critica uma “mentalidade centralista e estatizante, presente em diversos organismos públicos, que bloqueiam, tantas vezes, as energias da comunidade local e das redes de proximidade”.

 

“Manifestamos o nosso profundo reconhecimento e apreço pela multidão de voluntários que dão firmeza à esperança neste tempo exigente de novo humanismo”, apontam os bispos.

 

Em conclusão, a nova nota pastoral deixa votos de que o ano de 2011 “constitua uma oportunidade para os cidadãos, nomeadamente os cristãos, com especial referência aos mais novos, a serem expressão do amor gratuito de Deus pelos últimos”.

 

Fonte: Agência Ecclesia

Site do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social

 

Ainda que oficialmente o Ano Europeu tenha encerrado no passado dia 10 de Dezembro, o site: www.2010combateapobreza.pt ficará activo durante mais um ano de modo a divulgar-se acções e iniciativas a decorrer até ao final do ano de 2010.

 

Em 2011 iremos divulgar informações relativa à avaliação, relatório de actividades, estudos, etc. Por isso continue a consultá-lo e a deixar os seus testemunhos

Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social, sucessos e fracassos


O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia instituiram o Ano 2010 como “Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social” com o grande objectivo de reforçar o empenho da União e de cada Estado-Membro na solidariedade, na justiça social e no aumento da coesão social, exercendo um impacto decisivo na erradicação da pobreza que (ainda) se faz sentir por toda a Europa.

 

Apesar da primeira década do século XXI ter sido marcada, a nível europeu, por uma Agenda Social inicial delineada no ano 2000 – Agenda de Lisboa -  e por uma Agenda Social renovada nos meados da década, uma parte significativa da população europeia continua a viver em profunda carência e não tem acesso a serviços básicos, tanto a nível de cuidados alimentares e de habitação como a nível de cuidados de saúde. Os mais de 80 milhões de europeus que vivem abaixo do limiar de pobreza, onde se encontram, sobretudo, idosos, crianças e trabalhadores precários, é o número mais escandaloso que ecoa aos nossos ouvidos e que reflecte questões como profundas desigualdades salariais e sociais, corrupção, oportunismo, exploração, especulação, indiferença, entre outras.

 

Ao longo deste Ano Europeu foram muitas as iniciativas que, de uma forma ou de outra (LobbyingAdvocacy, Campaigns,…) e através de múltiplas instituições (organismos públicos, empresas e organizações da sociedade civil) fizeram dar conta deste Ano. Em Portugal destacaram-se iniciativas da Segurança social, da Rede Europeia Anti Pobreza, do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, da Cáritas, entre outras.

 

Em jeito de balanço sucinto, que sucessos e fracassos este Ano Europeu nos revela? Como sucessos, podemos apontar desde logo, o facto de se colocar esta questão na agenda da União Europeia e de cada estado-membro, possibilitando uma maior discussão e consciência de assuntos que teimamos em menosprezar e ocultar. Depois, o envolvimento de um grande número de actores nas iniciativas realizadas, muitos dos quais vítimas directas de injustiças e angústias várias, dando voz, na primeira pessoa, às suas histórias de vida e aos seus anseios.

 

No entanto, os fracassos também são evidentes. Desde logo, o número de pobres não diminuiu, ou seja, “o escândalo da pobreza” continua a aumentar. Depois, o investimento financeiro europeu na temática deste ano está longe de competir com as causas proclamadas por outros anos europeus, ou seja, as prioridades europeias estão longe de discriminar positivamente o investimento no combate a esta problemática. Depois, muitas iniciativas cingiram-se a uma lógica discursiva, distanciando-se de uma lógica interventiva. Além disso, foram muitos os que nem sequer deram conta deste ano, inclusive do nome, como testemunhei pessoalmente, no último mês do ano, com alunos do ensino secundário.

 

Neste cenário, a União Europeia decidiu assumir, como implicação lógica, a continuidade da luta anti-pobreza, através da elaboração de um documento intitulado: "Declaração sobre o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social: Trabalhar em conjunto para combater a pobreza em 2010 e mais além”, o qual apresenta como pontos de destaque “a implementação de uma estratégia de inclusão activa, a atenção especial aos grupos vulneráveis, à pobreza extrema e à luta contra a pobreza infantil”.

 

No final do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social, tal como no início, os “mesmos” desideratos aí estão perante uma realidade preocupante que também teima em se manter e até agravar, qual esquizofrenia social que reclama, urgentemente, por uma terapia especial. Talvez possam ajudar os pequenos passos, marcados com o selo do possível, da eficiência e da eficácia, testemunhos de uma participação social activa e verdadeiramente “democrática” onde tenham mais assento as pessoas do que os cifrões e as especulações, as acções do que os discursos, as soluções do que as intenções. A começar pela atenção especial aos mais “pobres” e “excluídos sociais”. O Ano Europeu do Voluntariado que em 2011 se celebra será mais uma Oportunidade...

 

Fonte: paulo.neves@caritas.pt