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O Blog da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras

As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

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As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

"Insatisfeito com ajuda recebida " Santa Casa esclarece

Esclarecimento sobre notícia publicada no passado dia 22, no Jornal Badaladas, na qual é referenciada a Santa Casa da Misericórdia e o Banco Alimentar Contra a Fome.

 

A Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras sempre esteve ao lado dos mais necessitados, prestando-lhes apoio sempre que solicitado pelo próprio ou por outros organismos, tais como Segurança Social ou Câmara Municipal.

 

O nosso auxílio é variável consoante a solicitação, a necessidade e a nossa própria disponibilidade, mas sempre presentes. Há décadas que esta instituição tem uma parceria com o grupo de senhoras Vicentinas, em que é efectuada uma distribuição mensal de produtos alimentares por famílias do concelho, sendo o grupo responsável por todos os procedimentos, cabendo à instituição uma comparticipação financeira na aquisição dos produtos.

 

No Natal efectuamos a já tradicional distribuição de cabazes de Natal, em que tentamos ser justos nas entregas efectuadas, recorrendo para isso às Juntas de Freguesia do concelho, ficando a instituição com a distribuição na cidade e aldeias limítrofes.

 

Num total, distribuímos anualmente cerca de 350 a 400 cabazes. Actualmente, a procura de ajuda teve um aumento de mais de 200 por cento. Na tentativa de dar uma resposta a essa franja da sociedade, a Misericórdia assinou uma parceria com o Banco Alimentar Contra a Fome, em que toda a logística está a nosso cargo, sendo os produtos a distribuir dados pelo Banco.

 

Os géneros alimentícios que António Oliveira recebeu A Misericórdia não tem outra forma de ajudar neste contexto sócio-económico em que todos nos encontramos, os custos que acarreta a parte que nos cabe já é elevada, não nos permitindo outra ajuda suplementar. No entanto, temos que referir que, como tudo o que é dado, existem meses mais abundantes que outros, pelo que quando vem muito os sacos vão repletos, quando recebemos menos o saco vai mais vazio.

 

Cabe-nos apenas a distribuição equitativa dos produtos recebidos pelos agregados familiares auxiliados. Compreendemos a revolta de quem precisa, mas eles também têm de compreender que não temos culpa da situação e só cá estamos a tentar ajudá-los da melhor forma que nos é possível. Muitas vezes as pessoas que estão a atendê-las são agredidas verbalmente, sem culpa do infortúnio de cada um.

 

A Mesa Administrativa poderá ponderar esta situação acabando com o protocolo com o Banco Alimentar Contra a Fome, pois estão a atingir uma instituição que é apenas intermediária. Não somos nós que doamos os produtos, apenas distribuímos o que nos é dado, mas ao tomarmos esta medida de pôr fim a uma parceria vamos atingir muita família que não tem culpa do que está a ser comentado na comunicação social.

 

A Santa Casa da Misericórdia não tem qualquer receio, nada tem a esconder, tudo o que fazemos é procurar ajudar na medida que nos é possível, mas por muito que queiramos não podemos dar o que não temos. As famílias, ou quem quer que seja, quando lhes toca uma fatalidade de desemprego ou doença, devem ter a noção de restringir os seus hábitos sociais, para que o choque da falta de comer seja minorado junto das crianças, que sem culpa são atingidas. Depois devem recorrer aos organismos superiores como Segurança Social, Centro de Emprego, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, solicitando ajuda consignada na Constituição Portuguesa.

 

Lamentamos a fome de muitas famílias, lamentamos toda a situação, só pedimos que compreendam a nossa posição, nem sempre ajudar é fácil. Poderíamos fazer vários comentários sobre a notícia, mas apenas desejamos que a família em questão encontre rapidamente a estabilidade sócio-económica, para bem das crianças e descanso dos pais.

 

O PROVEDOR, VASCO FERNANDES