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O Blog da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras

As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

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Pobreza: redes sociais impedem «explosão»

 

O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, considerou esta terça-feira que só as redes sociais e de vizinhança têm impedido que a situação social portuguesa «expluda» e pediu soluções «em termos de futuro», adianta a Lusa.

 

 

«Todo este mundo sócio caritativo», constituído por redes sociais e de vizinhança, «vai respondendo e isso vai adiando o problema ou impedindo que ele expluda», afirmou D. Manuel Clemente.

 

«Mas temos de pensar não apenas em termos imediatos. Portanto, tenhamos cuidado, abramos os olhos e sejamos mais solidários, porque é da nossa própria sobrevivência que se trata», sublinhou o prelado, que falava aos jornalistas na Faculdade de Economia do Porto, à margem da apresentação do livro «O que sabemos sobre a pobreza em Portugal?».

 

O bispo do Porto pediu também que as respostas sociais imediatas se concentrem nos desempregados de meia-idade sem formação para um mercado de trabalho que exige crescente especialização.

 

Considerando que «ainda se vão encontrando» ofertas de emprego especializado, absorvidas pelos mais novos e mais qualificados, D. Manuel Clemente disse que o «mais complicado» é o regresso ao trabalho de pessoas que «estão a meio da vida e já não tem a disponibilidade para aprender que tinham na juventude», na altura sem resposta.

 

Para esses, «é preciso uma resposta estrutural que, como sociedade, estamos todos à procura», preconizou.

 

O livro "O que sabemos sobre a pobreza em Portugal?", apresentado pelo bispo D. Manuel Clemente, é uma obra de homenagem póstuma a Leonor Vasconcelos Ferreira, que morreu em 2008 e era considerada uma das mais reputadas investigadoras em Portugal na área da mensuração da pobreza e distribuição de rendimentos.

 

Em declarações à Lusa, Aurora Teixeira, uma das responsáveis pelo livro, criticou a reposta social portuguesa.

 

«Primamos pelo curto prazo, por políticas muito isoladas, muito cegas», disse, considerando que não é o Rendimento Social de Inserção (RSI) que está errado.

 

Errado é, na perspectiva da docente, «não acompanhar o RSI com as diferentes valências que são necessárias para combater o flagelo».

 

Fonte: TVI 24