Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Blog da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras

As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

O Blog da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras

As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário

Portugueses entre os mais preocupados com pobreza e velhice

 

 

 

A pobreza é a maior das preocupações para os portugueses. E a velhice vem a seguir. Estes são alguns dos resultados do mais recente inquérito Eurobarómetro sobre os impactos sociais da crise, apresentado hoje pela Comissão Europeia.

Realizado em Maio de 2010, este inquérito surge quando já está decorrida a primeira metade do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social de 2010 e após o compromisso assumido, em 17 de Junho, pelos dirigentes da UE, de retirar 20 milhões de europeus da pobreza e da exclusão social na próxima década.

Em Portugal, os números avassaladores dizem respeito à pobreza. 91 por cento dos inquiridos admitiu ter a percepção de que a pobreza terá “aumentado muito” ou “aumentado ligeiramente” no país nos 12 meses anteriores. Só na Grécia surgiram valores superiores neste critério.

Nesta consulta, 69 por cento dos portugueses ouvidos assumiu ainda estar “muito preocupado” ou “relativamente preocupado” com a “possibilidade dos seus rendimentos não lhes permitir viver uma velhice digna”. Só os gregos e os romenos inquiridos se mostraram mais preocupados.

O barómetro revelou ainda que os portugueses estavam entre os que reconheciam estar com maiores dificuldades para cumprir os seus compromissos financeiros. Subiu seis por cento o número de questionados que assumiu ter-se atrasado em “alguns” ou “muitas” das suas contas.

Também aumentou o número de portugueses que se mostrou preocupado com a capacidade de conseguir pagar as contas relativas à saúde familiar. 47 por cento dos portugueses questionados admitiu sentir esse receio. À frente, só mais três países. 

O mesmo grau de preocupação revelou-se em relação ao futuro. 42 por cento dos portugueses que responderam ao Eurobarómetro reconheceram que as suas expectativas sobre a situação financeira da família nos próximos 12 meses seriam “piores”. A mesma percentagem respondeu acreditar que tudo estará “na mesma” e apenas 10 por cento espera que a situação melhore.

O Eurobarómetro indicia ainda na zona euro uma tendência ascendente para os que se mostram “muito” ou “relativamente” preocupados com a sua situação. Estes números subiram na Roménia, Grécia Portugal, República Checa.

O cenário apresenta-se igualmente negro para uma percentagem significativa de europeus. Um em cada seis declara ter constantemente dificuldade para pagar as despesas correntes e três quartos consideram que a pobreza aumentou no seu país no último ano.

 

Fonte: Jornal  Público de 22.06.2010,  por Nuno Sá Lourenço

Responsabilidade Social

 

 

 

As transformações sócio-económicas dos últimos 20 anos têm afectado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o sector privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, as empresas têm uma intrínseca responsabilidade social.

 

A ideia de responsabilidade social incorporada aos negócios é. portanto, relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão pela transparência nos negócios, as empresas  vêem-se  forçadas a adoptar uma postura mais responsável nas suas acções.

 

Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor performance nos negócios e, consequentemente, maior lucro. A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes características:

 

  • É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus accionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, aos media, ao governo, ao sector não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. As empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais nos seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.

 

  • É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por factores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, as empresas também são responsáveis pelos  seus fornecedores e devem fazer valer os seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo dos seus processos produtivos.

 

  • É sustentável. A responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.

 

  • É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência. Não nos bastam os livros contabilísticos. As empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas actividades e as medidas tomadas para a prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, as empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde a sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em carácter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-ambientais serão obrigatórios num futuro próximo.

Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora no sentido da profissionalização do sector e da busca por estratégias de inclusão social através do sector privado.

 

Fonte: www.responsabilidadesocial.com