As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário
As últimas notícias sobre o Lar de Nossa Senhora da Misericórdia, Clínica Domus Misericordiae, ERPI, Creche, Jardim de Infância, CATL, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário
A Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras como Instituição Privada de Solidariedade Social insere-se no 3º Sector, concorrendo através das suas múltiplas valências nas áreas da saúde, educação e bem estar, para o desenvolvimento da Economia Social em Portugal
O 3º Sector dispõe de um elevado potencial para gerar e manter empregos estáveis devido, principalmente, à natureza não deslocalizável das suas actividades.
Combate os múltiplos desequilíbrios do mercado de trabalho, institui e presta serviços de assistência e de proximidade, para além de formar e manter o tecido social e económico, contribuindo para o desenvolvimento local e coesão social.
Em Portugal o 3º Sector é, desde logo, um contribuinte considerável para o rendimento e despesas nacionais,:nestes ultimos anos as organizações da sociedade civil tiveram despesas de mais de 5,5 mil milhões de euros, o que equivale a aproximadamente 5% do PIB.É também um empregador significativo com quase 300.000trabalhadores a tempo inteiro, das quais 70% são remunerados e cerca de 30% sãovoluntários.
Em Portugal, este sector está reconhecido explicitamente na Constituição da República Portuguesa como sector cooperativo e social e é, também, denominado nalguns documentos por “economia social”. A Constituição da República Portuguesa reconhece formalmente a existência do 3º sector, denominado sector cooperativo e social (art. 80.º e 82.º), e define a sua composição específica - cooperativas, organizações comunitárias ou em autogestão e pessoas colectivas sem carácter lucrativo com fins principais de solidariedade social, como as associações mutualistas e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).. Mas, mais do que isso, a Constituição estabelece, como princípio fundamental da organização económico-social, a protecção do 3º Sector (art. 80.º), e impele, em vários artigos, os poderes públicos a estimular, apoiar e fomentar a criação e a actividade de organizações do terceiro sector, em diversas áreas económicas e sociais.
A Economia Social ocupa também um papel fundamental na economia europeia, o 3º Sector representa 10% do conjunto das empresas europeias, ou seja, 2 milhões de empresas, significando 6% do emprego total.
A Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras é uma associação privada de fiéis, constituída por irmãos, que trienalmente reúnem para eleger os seus corpos sociais em:
Assembleia-geral
Definitório ou Conselho Fiscal
Mesa Administrativa
Tem esta Santa Casa da Misericórdia ao seu serviço:
89 Funcionários efectivos/contratados e 11 em regime de part-time.
Cinco valências em diversos locais, a saber:
Centro de Dia, Centro de Convívio, Apoio Domiciliário, Lar, Creche, Pré-escolar e ATL.
Edifício Sede - Rua Serpa Pinto - (Aberto das 9,30 ás 18,00 H)
üServiços Administrativos
üArquivo tratado e informatizado
üSala de reuniões
üGabinete
üCorredor para o Coro da Igreja
üCentro de Dia - 40 Utentes
üCentro de Convívio - 30 utentes
üSala de leitura
üSala de refeições e estar
üSala no 1° andar com elevador
üGabinete
Acompanhamento:
üAssistente Social Animadora
üSócio-Cultural
üEncarregada geral – Auxiliares
Diversão:
üGinástica no ginásio do Lar
üMúsica
üJogos Diversos
üTrabalhos Manuais
üLeitura
üPasseios
üEucaristia semanal
Creche / Pré-escolar / ATL
Rua Princesa Maria Benedita - (Aberto das 7,30 ás 19,30 H)
üCreche - berçário *** 11 utentes
üCreche -1 ano *** 16 utentes
üCreche - 2 anos *** 18 utentes
üPré-escolar - 3/4/5 anos *** 94 utentes
üATL*** 108 utentes
Corpo Técnico:
üCoordenadora
üServiço Administrativo
üEducadoras
üAssistente Social
üAnimadora Sócio Cultural
üAuxiliares de Educação
üAuxiliares Gerais
üCozinha e auxiliares
üProfessor de Ginástica
üProfessor de Música
üProfessor de Inglês
üMédica
üPsicóloga
Lar / Centro de Dia / SAD
Urbanização da Cartuxa - Sarge
üResidentes ** 50 utentes
üCentro de Dia ** 15 utentes
üSAD 7 dias ** 60 utentes
Corpo Técnico
üDirectora Técnica
üAssistentes Sociais
üEncarregada Geral
üAjudantes de Lar e Centro de Dia
üAjudantes Familiares ao Domicílio
üServiços Administrativos
üCozinheira e auxiliares
üMotoristas
üCapelão, Assistente Espiritual
Corpo Clínico
üMédica
üEnfermeiros
üFisioterapeuta
Igreja - Rua Serpa Pinto
Aberta diariamente há um ano, com o horário da 15 ás 17 horas
A partir de 1 de Agosto de 2005
Abertura -10 horas / Encerramento para almoço -13 horas
A maior base de dados estatísticos sobre Portugal com acesso universal e gratuito estará disponível a partir de hoje na Internet, resultado de uma iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos, presidida pelo investigador António Barreto.
Na cerimónia de abertura do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social , em Madrid, todos os países assumiram o compromisso de erradicar os 80 milhões de pobres que habitam a Europa.
O frade que dá nome a uma avenida da capital e que as enciclopédias históricas referem como fundador da Misericórdia de Lisboa, em 1498, nunca existiu. Investigadores falam em fraude histórica do século XVI
A atribuição do nome de Frei Miguel Contreiras a uma Avenida, em Lisboa, "é o testemunho da ignorância dos políticos sobre os conhecimentos que a investigação histórica produz", diz Isabel dos Guimarães Sá, historiadora da Universidade do Minho, frisando que não há documentos históricos que comprovem a existência daquele frade, tido como o fundador da Misericórdia de Lisboa, em 1498, a par da rainha D. Leonor. A opinião da historiadora é partilhada por outros investigadores, que concluem que aquele frade foi uma invenção da Ordem dos Trinitários, em luta pela sobrevivência.
Reagindo a esta alegada "fraude histórica" , noticiada ontem na Notícias Magazine, o actual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Rui Cunha, em declarações ao DN, considera a discussão "estimulante" , e apela para que os historiadores a aprofundem.
Fonte oficial da autarquia lisboeta, por seu lado, explicou que cabe agora à comissão de toponímia avaliar os dados históricos disponíveis e decidir se a avenida vai ter de mudar de nome.
Foi em 1954 que a Câmara de Lisboa incluiu Frei Miguel de Contreiras na toponímia da cidade . A fundamentação histórica foi retirada da obra de Gustavo de Matos Ferreira, de 1939, intitulada "O Carmo e a Trindade".
O autor elabora a história da Capital e apresenta Miguel de Contreiras como um frade pertencente à Ordem da Santíssima Trindade, confessor da rainha D. Leonor, e por todos conhecido em Lisboa. "Frei Miguel era a providência dos pobres. Adoravam-no. Quando pregava na Igreja, enchia-se esta até à porta e transbordava até ao rossio da Trindade. Quando morreu, a populaça alfacinha pôs luto no coração". Esta descrição de Matos Ferreira foi retirada de autores do século de XIX, nomeadamente de Costa Goodolphim e Vítor Ribeiro que também apresentavam o frade trinitário como "a alma, a cabeça pensante" da Misericórdia de Lisboa". Aqueles dois autores, por sua vez, inspiraram-se nas páginas do célebre "Santuário Mariano", da autoria de Frei Agostinho de Santa Maria. A obra escrita em 1707 apresenta Contreiras como primeiro provedor da Misericórdia de Lisboa e co-autor dos estatutos (Compromisso), sendo descrito com todas as virtudes de "santo e venerado varão".
Mas, "a verdade é que, documentalmente, Frei Miguel não existe, não sobrevivendo sequer em qualquer memória impressa ou manuscrita anterior a 1574-1575", garante Ivo Carneiro de Sousa na sua tese "Da Descoberta da Misericórdia à Fundação das Misericórdias (1498-1525)", apresentada aquando da sua agregação à Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Segundo este investigador, as primeiras referências documentais sobre o frade, que levaram os historiadores a crer na sua existência, só aparecem a partir de 1574, já 76 anos depois da fundação da Santa Casa.
No mesmo sentido aponta o Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica Portuguesa que anda há 12 anos a reunir toda a documentação sobre a história das Misericórdias. Na introdução do Volume 3 da Portugaliae Monumenta Misericordiarum - coordenado pela historiadora Isabel dos Guimarães Sá, professora na Universidade do Minho, pode ler-se: "Impõe-se algumas considerações finais sobre duas questões que a documentação aqui reunida esclarece pela negativa, isto é, pela ausência de referências que lhe são feitas". E especifica-se: "Em primeiro lugar, a inexistência de qualquer menção à figura de Frei Miguel de Contreiras em todo o espólio reunido. A ter existido, e a ter tido qualquer intervenção relevante, o trinitário não deixou qualquer rasto na documentação coeva, o que é, pelo menos, estranho". Ivo Carneiro acrescenta: "O que existe sobre frei Miguel não chega, sequer, para fazer uma certidão de óbito."
Segundo os investigadores, frei Miguel foi inventado pelos trinitários que, na altura, queriam tomar conta da Misericórdia de Lisboa.
A obra das Misericórdias nasceu em 1498, no ano em que Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia. Mas até essa data as instituições de beneficência eram rudimentares e encontravam-se dispersas e sem estatuto. Desde a fundação da nação portuguesa, inspiradas pelo espírito de caridade cristã, foram sendo criadas ordens religiosas e militares pelos reis, municípios, bispos, confrarias e particulares. Estas induziam os homens de todas as classes sociais a socorrerem os pobres e necessitados na ausência de qualquer sistema de segurança social organizado.
É neste contexto histórico que o cruzamento de duas figuras dará origem à futura rede de Misericórdias: Frei Miguel Contreiras e a rainha D. Leonor.
Frei Miguel Contreiras era um admirável pregador e amparo dos mais desfavorecidos. Pelo que se dizia, percorria as ruas de Lisboa com um anão que recolhera para sua protecção e um jumento no qual carregava as esmolas, para "acordar a caridade" e acudir os pobres e indefesos. A sua fama chegou aos ouvidos da rainha D. Leonor, que o nomeou seu confessor e mestre espiritual. Em 1484, D. Leonor fundou o Hospital das Caldas, dedicado aos pobres, na igreja onde instituiu uma confraria de caridade, sendo este um prenúncio da Misericórdia. Em conjunto com Frei Miguel Contreiras, desenvolveu uma série de obras significativas de ajuda aos necessitados.
Foi então em finais do século XV que, um grupo de "bons e fiéis cristãos", como reza a História, liderados por Frei Miguel Contreiras, na presença da rainha D. Leonor e das mais altas personalidades religiosas e civis, assumiu o compromisso de se dedicar à prática das 14 Obras de Misericórdia quanto fosse possível.
Gozando D. Leonor de grande prestígio junto da corte e do rei, é neste momento que surge a Irmandade da N.ª Sr.ª da Misericórdia de Lisboa com a aprovação do rei R. Manuel, a génese de todas as que lhe seguiram até aos nossos dias. O monarca tomou-a sob a sua protecção em 1498.
Durante os seus cinco séculos de existência, a acção de assistência social das Misericórdias assenta nos pilares das já referidas 14 Obras de Misericórdia, a espinal medula da sua cultura institucional.
As Sete Obras Corporais
1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nús.
4. Dar pousada aos peregrinos.
5. Assistir aos enfermos.
6. Visitar os presos.
7. Enterrar os mortos.
As Sete Obras Espirituais
1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Corrigir os que erram.
4. Consolar os tristes.
5. Perdoar as injúrias.
6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo.
7. Rogar a Deus por vivos e defuntos.
As Santas Casas da Misericódia primavam por tratar todos os seres humanos como irmãos, independentemente da sua raça, linguagem e cultura. Instalavam e mantinham hospitais e outros equipamentos de promoção e acção social à disposição de toda a população.
A expansão e as tentativas de estatização
Estas instituições foram crescendo em número pelo território português e além-mar, sendo levadas para todo o mundo a bordo das naus e caravelas quinhentistas vindas de Portugal, semeando assim a sua mensagem de fraternidade e solidariedade à volta do planeta.
Ainda hoje se encontram Santas Casas da Misericórdia na Índia, no Japão, em todos os territórios africanos de língua portuguesa, em Espanha e em Itália.
Apesar de terem sempre procurado manter a sua identidade, as Misericórdias foram submetidas a algumas influências de laicização. A Misericórdia de Lisboa foi a única que cedeu a uma estatização completa em meados do século XIX, o que resultou na perda do seu estatuto canónico de Irmandade.
Uma nova tentativa de absorção estatal deu-se em 1974, no seguimento das políticas de nacionalizações da revolução do 25 de Abril. As Misericórdias então federaram-se em União das Misericórdias Portuguesas (UMP), tendo-se afirmado com uma personalidade própria através de várias iniciativas em todo o país. Em 1979, as Misericórdias do Brasil também se federaram com as portuguesas, dando origem à Confederação Internacional das Misericórdias.
A organização das Misericórdias
As Irmandades ou Santas Casas da Misericórdia são hoje consideradas pelo Estado associações constituídas na ordem jurídico-canónica, com o objectivo de satisfazer carências sociais e de praticar actos de culto católico, segundo os princípios da doutrina e moral cristã. O Compromisso da Misericórdia tem o valor dos estatutos que regem a instituição. Neste estão definidos a denominação, a natureza, a organização e fins da instituição, as condições de admissão dos irmãos, seus direitos e obrigações, o culto e assistência espiritual, o património e regime financeiro da Misericórdia e os seus corpos gerentes. Os corpos sociais de uma Misericórdia são a Assembleia Geral, a Mesa Administrativa e o Definitório/Conselho Fiscal. Os membros dos corpos e órgãos sociais são voluntários. No que diz respeito à hierarquização organizacional, a União das Misericórdias Portuguesas é a entidade que federa todas as Santas Casas de Misericórdia no país.
A igreja da Misericórdia construída entre 1681 e 1752, a sua porta principal encimada por aletas, que envolvem as armas reais, sofreu recentemente obras de restauro.
Igreja de uma só nave, apresenta à entrada o coro alto sustentado por colunas de fustes estriados, assentes em altos socos. As paredes são decoradas com telas e cilhares de azulejos do século XVII e o seu tecto de abóbada de berço contempla pinturas muito escurecidas com as armas de D. João V e o Brasão com a Comenda da Ordem de Cristo.
Ao entrarmos na sua capela-mor, decorada com mármores pretos, encontramos três altares com talha do século XVIII e frontais de couro pintado e lavrado do mesmo século.
No cruzeiro, dois grandes painéis de azulejos do século XVII que representam a "Deposição da Cruz" e Nossa Senhora da Misericórdia e uma teia de pau-preto, de colunelos torneados e sustentada por colunas de mármore. Dispõe de azulejos do século XVII, com motivos profanos.
Na sacristia, realce para a tela Visitação, (Josefa de Óbidos); um arcaz setecentista com pregarias em bronze da época, uma mesa de mármore com pé de balaustre sobre a qual se vê um baldaquino de talha dourada, de estilo "rocaille". O seu tecto, em abobada, é centrado e cantonado com peças em talha de madeira dourada.