Celebração de Natal
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Concerto de Música Mariana
A propósito do encerramento das comemorações dos 100 anos das aparições de Fátima, apresentamos um concerto com música de louvor a Maria desde o canto gregoriano até aos nossos dias.
Com a participação do Coro Polifónico Magnificat e alunos do Atelier de Órgão da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras.
Dia 29 de Outubro de 2017 às 16h na Igreja da Misericórdia, Rua Serpa Pinto.
Entrada gratuita.
Restaurado em 2008 pelo mestre organeiro Dinarte Machado, o órgão histórico da igreja da Misericórdia de Torres Vedras apresenta características que nos indica ter sido construído pelo organeiro galego Bento Fontanes de Maqueira (Pontevedra, c.1745 - Lisboa, 1793).
A igreja da Misericórdia construída entre 1681 e 1752, a sua porta principal encimada por aletas, que envolvem as armas reais, sofreu recentemente obras de restauro.
Igreja de uma só nave, apresenta à entrada o coro alto sustentado por colunas de fustes estriados, assentes em altos socos. As paredes são decoradas com telas e cilhares de azulejos do século XVII e o seu tecto de abóbada de berço contempla pinturas muito escurecidas com as armas de D. João V e o Brasão com a Comenda da Ordem de Cristo.
Ao entrarmos na sua capela-mor, decorada com mármores pretos, encontramos três altares com talha do século XVIII e frontais de couro pintado e lavrado do mesmo século.
No cruzeiro, dois grandes painéis de azulejos do século XVII que representam a "Deposição da Cruz" e Nossa Senhora da Misericórdia e uma teia de pau-preto, de colunelos torneados e sustentada por colunas de mármore. Dispõe de azulejos do século XVII, com motivos profanos.
Na sacristia, realce para a tela Visitação, (Josefa de Óbidos); um arcaz setecentista com pregarias em bronze da época, uma mesa de mármore com pé de balaustre sobre a qual se vê um baldaquino de talha dourada, de estilo "rocaille". O seu tecto, em abobada, é centrado e cantonado com peças em talha de madeira dourada.
Fonte:www.Geocaching.com
A Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras foi fundada a 26 de Julho de 1520 com os rendimentos das casas que a coroa possuía na vila e os bens de outras instituições de assistência existentes na vila (Hospital do Santo Espírito, Confraria das Ovelhas Pobres e Hospital de S. Gião - ou S. Julião, ou Confraria dos Sapateiros).
A sua fundação vem na sequência da necessidade sentida, desde os finais do século XV, em ordenar e unificar a assistência, que se iniciou quando D. João II lançou a primeira pedra do Hospital de Todos os Santos, reunindo para esse fim os rendimentos de vários estabelecimentos pios, obra continuada por sua mulher D. Leonor, quando, já viúva, fundou a Misericórdia de Lisboa em Agosto de 1498.
Sede antiga
Entrada pela porta grande com o brasão da instituição
Construída nas instalações do Hospital do Santo Espírito; aí se instalou o Hospital da Misericórdia, com duas salas para ambos os sexos e uma capela, com um rendimento de 6 moios de trigo, 3 de cevada, 36 almudes de vinho, 3 potes de azeite, 56 galinhas e frangos, um carneiro, 13.888 reis em dinheiro e 2 ovos, além de todas as sobras dos restantes Hospitais e Confrarias.
Estava ainda a Santa Casa autorizada a ter Mamposteiros ou arrecadador de esmolas em todas as freguesias.
Em 1767 foi aí construída uma enfermaria de mulheres.
Autorizou-se, em 1795, a criação de uma "botica" no hospital, só concretizada em 1814.
O edifício foi acrescentado em 1796 com a compra de uma casa nobre a sul, alargando as enfermarias para quatro.
O Hospital funcionou aí até à inauguração do Novo Hospital da Misericórdia, no local do actual Hospital Distrital, em 18 de Julho de 1943, com a presença do então Presidente da república Óscar Carmona.
Nesse edifício estiveram instalados o Museu Municipal e a Biblioteca Municipal de 1944 a 1989.
Igreja
A sua construção teve início a 19 de Maio de 1681, concluindo-se em 1710, ano em que foi benzida em acto solene, realizado a 6 de Setembro desse ano, presidido pelo Bispo de Tagaste, o torriense D. Manuel da Silva Francês.
Entra-se pelo adro que serviu de cemitério, antes de a Santa Casa ter cemitério pegado para norte, e talvez para poente. O Pórtico tem as armas reais do século XVII, e a porta é datada de 1718.
A igreja é de uma nave coberta por abóbada de berço, onde estão pintadas as armas reais, com a cruz da ordem de Cristo (típico do século XVIII).
Algumas características:
- O uso de madeiras exóticas no coro alto, no cadeiral da mesa da irmandade e na porta (teia de pau preto).
- Uso de mármores de vários tipos, típicos do século XVII.
Azulejos
- No cruzeiro, lado sul - Pietá (deposição da cruz), lado norte – Nº. Sr.ª. da Misericórdia;
- No corredor: painel de Azulejos do século XVII, com motivos profanos (painéis compósitos, cenas da vida campestre, pastoril, marítima, palaciana e ambientes e paisagens chinesas, persas, indianas, árabes, à mistura com florestas, ruínas, rios, prados e rebanhos)
Altar-mor
- Ladeado à esquerda (lado do Evangelho) pelo altar do crucifixo (tendo por baixo uma imagem em barro do Senhor Morto, do século XVI), e; à direita (lado da Epístola), pelo altar de Stº. António, com imagem de barro; no retábulo do altar-mor existe uma monumental peça de talha dourada; no centro uma imagem de Nª. Senhora da Misericórdia com o menino (seiscentista).
"Á mão direita da Senhora da Misericórdia, no seu altar de talha dourada, existe um pequeno esconderijo; ali escaparam, como protegidos pelo seu manto piedoso, às prisões de 22 de Dezembro" (de 1846) "alguns patuleias, torrienses de então" (Salinas Calado).
A talha dos três altares é provavelmente do século XVIII.
Um azulejo representando a Nº. Sr.ª da Misericórdia
Vestíbulo
- Por detrás do altar-mor, com azulejos do século XVII, com motivos profanos.
Sacristia
Construída em 1752, por ordem do provedor Nuno da Silva Teles (Tarouca e Alegrete).
Existe um arcaz com pano de fundo e trabalho setecentista em madeira exótica (pau santo), e com uma placa em talha dourada com o Brasão dos Taroucas (da Quinta das Lapas), formado pelo Leão rompante dos Silvas e o Ouro puro dos Menezes.
Nela existe uma tela da "Visitação" e outras telas do século XVIII e bandeira da irmandade no coro alto, atribuída a Josefa d'Òbidos.
Azulejo dos finais do século XVII, princípio do século XVIII com cenas profanas, obra atribuída a Nicolau de Freitas, datados de 1752.
Interessante lavatório em mármore.
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